Sou tua Mãe, ponto!

Desculpa filho, mas não serei a tua melhor amiga.
Vou ralhar-te algumas vezes e fazer-te perceber que nem tudo pode ser á tua maneira. Sentar-me contigo no chão e entre choros e gritos, explicar-te que podemos agir de outra forma.
Irei perder a paciência pelo menos uma vez e talvez sacudir-te o pó da fralda. E logo a seguir abraçar-te, pedir desculpa e dizer que gosto muito de ti.
Vais ficar aborrecido comigo, bater o pé e espernear. E eu vou respirar fundo e continuar a dizer-te todos os "nãos" que forem precisos.
Havemos de chorar juntos, ir cada um para o seu lado. Depois havemos de correr para os braços um do outro, sentir que está tudo bem, dizer que já passou.
Nos dias menos bons, irei questionar-me se estou fazer tudo errado e onde foi que falhei. E tu virás encher-me de beijos e certezas.
Vais contrariar-me tantas vezes como eu a ti. E no meio do caos iremos adormecer de mãos dadas.
Não vais ter tudo o que queres! E mesmo que peças até á exaustão, só duas coisas te darei de bandeja: o meu tempo e o meu amor.
Irás chamar-me de chata e Mãe galinha, talvez digas até que não gostas mais de mim. E isso só me fará querer proteger-te e amparar-te a vida toda.
Porque um dia, quando estivermos á distância suficiente para que possas sentir a minha falta, saberás que jamais poderia ser a tua melhor amiga. Isso deixarei para os teus colegas de escola, da vida, quiçá alguém especial. Eu serei sempre "só é apenas" eu! Porque sou a tua Mãe, ponto!
Aquela que te dirá a verdade sem rodeios nem más intenções. A que não te julgará nem abandonará. A que tudo fará para que te tornes uma pessoa educada e com os melhores valores. (No coração, não na carteira).
E mesmo assim, serei certamente, a que te amará eternamente, como só se ama um filho.

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