1 mês depois, continuamos em adaptação!
Neste tempo, já correram muitas lágrimas quando o deixo e muitos sorrisos quando o vou buscar.
Já tivémos muitas certezas e também surgiram imensas dúvidas!
Já ficou doente por muito tempo. Houve progressos e regressões.
Houve dias em que me senti demasiado leve, com tempo e planos na agenda. Nesses acabei por não fazer nada do que idealizei, a não ser sentir a falta dele, contar as horas e perder-me em pensamentos no exagero do silêncio.
Noutros dias, poucos, permiti-me a ouvir música, a dedicar-me ao que ficara por fazer, vi um filme ou outro, sem sentir culpa! Afinal, durante muito tempo, não tive umas horas para mim.
Continuo a não ter, há trabalho que só a mim me cabe e quando dou conta, são horas de correr para os braços dele.
Sempre que chegamos, é o mesmo aperto, sei o que me espera quando entrar na sala.
Uma Mãe nunca se habitua a deixar o filho a chorar noutro colo, apenas se mentaliza. Acredito que um dia vai entrar e ficar a sorrir, ainda não aconteceu, mas continuo a acreditar!
Recordo-me de quando fui para o pré-escolar, as primeiras vezes, tinha o dobro da idade do meu filho, e ainda hoje consigo lembrar-me do sentimento.
Coloco-me no lugar dele e só posso compreendê-lo. Por mais que depois fique bem, por mais que lhe diga que volto logo, quem lhe garante que voltarei mesmo?!
É um bebé que só conheceu este colo, este cheiro, esta voz, este conforto para todo e qualquer momento. Esta presença em todas as horas e ensinamentos da vida dele.
Como poderia esperar que ficasse feliz com a nossa separação, se mesmo sabendo que é para o nosso bem, me custa tanto a mim também?
Um dia vai passar, um dia vamos chegar e ficar bem.
Um dia, sem pressas, talvez agora ainda não...
Mas eu volto, sempre, e no fim do dia não existe mais nada a não sermos nós, a força do nosso abraço. Fica tudo melhor, está tudo bem!
(12/10/2017)
Neste tempo, já correram muitas lágrimas quando o deixo e muitos sorrisos quando o vou buscar.
Já tivémos muitas certezas e também surgiram imensas dúvidas!
Já ficou doente por muito tempo. Houve progressos e regressões.
Houve dias em que me senti demasiado leve, com tempo e planos na agenda. Nesses acabei por não fazer nada do que idealizei, a não ser sentir a falta dele, contar as horas e perder-me em pensamentos no exagero do silêncio.
Noutros dias, poucos, permiti-me a ouvir música, a dedicar-me ao que ficara por fazer, vi um filme ou outro, sem sentir culpa! Afinal, durante muito tempo, não tive umas horas para mim.
Continuo a não ter, há trabalho que só a mim me cabe e quando dou conta, são horas de correr para os braços dele.
Sempre que chegamos, é o mesmo aperto, sei o que me espera quando entrar na sala.
Uma Mãe nunca se habitua a deixar o filho a chorar noutro colo, apenas se mentaliza. Acredito que um dia vai entrar e ficar a sorrir, ainda não aconteceu, mas continuo a acreditar!
Recordo-me de quando fui para o pré-escolar, as primeiras vezes, tinha o dobro da idade do meu filho, e ainda hoje consigo lembrar-me do sentimento.
Coloco-me no lugar dele e só posso compreendê-lo. Por mais que depois fique bem, por mais que lhe diga que volto logo, quem lhe garante que voltarei mesmo?!
É um bebé que só conheceu este colo, este cheiro, esta voz, este conforto para todo e qualquer momento. Esta presença em todas as horas e ensinamentos da vida dele.
Como poderia esperar que ficasse feliz com a nossa separação, se mesmo sabendo que é para o nosso bem, me custa tanto a mim também?
Um dia vai passar, um dia vamos chegar e ficar bem.
Um dia, sem pressas, talvez agora ainda não...
Mas eu volto, sempre, e no fim do dia não existe mais nada a não sermos nós, a força do nosso abraço. Fica tudo melhor, está tudo bem!
(12/10/2017)
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